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Como viver o tempo Pascal

É bela a expressão que o Evangelista usa para anunciar as primeiras horas da Ressurreição na vida daquele jovem discípulo, que com Pedro corre desesperado ao Túmulo. João nos diz que “ele viu e acreditou” (Jo 20,8). Certamente aquele jovem levava consigo, naquele caminho, um misto de indignação, medo, angústia e dor. Talvez, quem o visse correndo em direção ao túmulo, pudesse sentir sua tristeza pela partida do mestre, bem como a decepção por tudo que há pouco tempo havia vivenciado. Assim como cada um de nós, aquele jovem foi obrigado, pelas circunstâncias da vida, a ter que lidar com muitas dúvidas. Partindo dos sinais, entretanto, algo ressurge dentro de seu coração ferido, por isso que ele foi capaz de ver e acreditar.

O discípulo não viu o rosto do Senhor de imediato, não tocou em suas chagas, mas compreendeu os sinais e isso foi suficiente para entregar sua vida nas mãos daquele que já não estava mais no túmulo. 


Foto: Freepick

Se por um lado o Senhor dar sinais de ressurreição, por outro, por meio da sua fé naquele momento tão silencioso, no hoje de nossa vida aquele jovem torna-se também um maravilho sinal que confirma a nossa fé e nos impulsiona a não parar nos túmulos da vida. Neste sentido, se queremos viver bem a Páscoa devemos, em primeiro lugar, fazer como aquele discípulo, que saiu do túmulo e recomeçou com a esperança renovada. Saíamos batendo nas portas dos corações feridos e mostrado ao mundo que já não estamos sozinhos, pois o Senhor que passou pela morte ressurgiu e nos envia para comunicar suas grandes maravilhas. Vivemos bem a Páscoa quando como Jesus somos capazes de usar nossas vidas para promover um mundo novo, cheio de paz e fraternidade, amor e misericórdia. Vive-se bem a Páscoa na medida em que somos capazes de romper com os sinais da morte e no escondido de nossas vidas nos tornamos fermento na massa.

Autor: Pe. Robério Lima, CSsR

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